O Teatro Fórum de Moura vai realizar entre 15 e 19 de Dezembro as comemorações dos seus 5 anos de vida.
Nestes 5 anos de vivências, criações e experiências diversas o Teatro Fórum de Moura consolidou-se no seu espaço geográfico pondo o pé também além fronteiras regionais e nacionais.
São 5 dias cheios de projectos consolidados e outros emergentes. Teatro, música, instalações artísticas e leituras dramatizadas.
Começamos no dia 15 de Dezembro pelas 21.00h na Sala da Salúquia em Moura, com inauguração da exposição sobre os 5 anos de vida do Teatro Fórum de Moura para em seguida termos connosco a coreógrafa Cláudia Dias com a instalação 23+1.
No dia 16 de Dezembro vamos ter Coisas do Corpo/ExQuorum com Coisas de Não Dizer: Cartas de um Prisioneiro, leitura de uma carta escrita por um prisioneiro do campo do Tarrafal, seguida de enquadramento histórico e promoção de conversa sobre o lugar do prisioneiro político. Vai ter apresentação para público escolar e depois pelas 21.15h vai estar disponível para público em geral na Sala da Salúquia.
Dia 17 de Dezembro seguimos com a mais recente criação do O Capitalista, o Guia e o Carregador. Depois da digressão que não poupou o nosso concelho e outros do Alentejo voltamos a Moura para mais uma apresentação para aqueles que ainda não tiveram oportunidade de ver. Será pelas 21.15h e também na Sala da Salúquia. Finalizamos a noite no VilcaBarcom o projecto Viola D´Arames por Paulo Colaço, ao som da emblemática Viola Campaniça.
Para o dia 18 de Dezembro guardámos para às 21.15h na Sala da Salúquiao espectáculo Vueltas pela Companhia Teatro D´Dos de Cuba, uma companhia profissional de Cuba que nos transporta para o universo da separação entre pais e filhos no contexto político mundial, e em seguida noVilcaBar</b< a actuação do colectivo de música RAP Alentejo Vivo com RJ, BELLAS, ETRA e JR.
Para finalizar em pleno as comemorações dos 5 anos do Teatro Fórum de Moura, no dia 19 de Dezembro pelas 16h na Sala da Salúquia um projecto final de alunos do Curso Profissionalizante de Actores do Espaço EVOÉapresenta-nos Restos, excerto de Os Marginais e a Revolução de Bernardo Santareno.
Fichas Técnicas e Sinopses
23+1 por Cláudia Dias
Como mote para o trabalho uma imagem emblemática – um retrato de Maria Veleda com militantes do Partido Republicano nas vésperas do regicídio de 1908. Reproduzimos a fotografia original deixando o lugar de Veleda vazio e criámos assim o mecanismo da própria instalação/performance: estender o convite a diferentes mulheres para ocuparem esse lugar. A partir de artigos, discursos e intervenções de Veleda construímos um texto que interpela todas as mulheres espectadoras a serem agentes activos da própria performance.
Direcção: Cláudia Dias Com: Cláudia Dias e António Coelho Pesquisa e colaboração: Mónia Mota Colaboração dramatúrgica: Rita Natálio Fotografia: António Coelho Assistência à fotografia: Sandra Ramos Texto: Cláudia Dias a partir de textos de Maria Veleda Produção: Os Três Caracóis – Associação Cultural Agradecimentos: Todos os homens e mulheres que colaboraram na realização das fotografias, Rui Ramos, Anselmo Dias, Teófilo Dias e Incrível Almadense.
VUELTAS por Teatro D´Dos (Cuba) Sinopse: Um homem cubano de cinquenta anos, encerrado no seu apartamento em Nova York, debate-se entre duas opções fundamentais para refazer a sua vida: encontrar uma franja de liberdade verdadeira ou seguir a rotina que marca a visão autoritária do seu pai. Autoritarismo e liberdade enfrentam-se num debate que vai desde a identidade cultural à ética familiar. Ernesto Garay, tenta reencontrar-se consigo mesmo ao pretender regressar a Havana, enquanto vigora o comunismo, ele necessita ao menos de um fragmento dessa paisagem, que abandonou quando tinha apenas sete anos. O pai de Ernesto morre, e assim Ernesto pode começar a usar a sua liberdade pessoal. A história mostra-nos uma página triste dos cubanos no exílio. Ernesto foi um de muitos meninos que foram levados, sem os pais, para os Estados Unidos, por temor ao comunismo, nos princípios dos anos sessenta. Uma parte destes meninos reencontraram-se com os seus pais, outros não. Uns e outros têm uma marca profunda nas suas vidas, a marca da separação, do desenraizamento do abandono. São chamados os meninos Peter Pan.
Ficha Técnica: Texto - Julio Cesar Ramirez Ojito Encenação – Julio Cesar Ramirez Ojito Interpretação – António Revez Banda Sonora – Musica Tradicional cubana Desenho de luz – Júlio César Ramirez Figurino – Carina Desenho gráfico – Cocas Produções Secretariado – Rafael Costa Produção em Cuba – Teatro D’Dos Produção em Portugal – RR Produções
O CAPITALISTA, O GUIA E O CARREGADOR por Teatro Fórum de Moura
Sinopse: Uma viagem. Um deserto. Um despedimento. A luta. Um crime. O Julgamento. O Capitalista, o Guia e o Carregador partem em viagem. Primeira paragem: Estação de Hã. Segue-se o Deserto de Ninguém. Destino: Urtiga, cidade onde o Capitalista Pretende fechar um negócio de petróleo. Atrás desta primeira expedição segue a concorrência. O Capitalista não quer perder o negócio. Tem de ganhar Um dia de avanço: custe o que custar… O Capitalista, o Guia e o Carregador é a versão do Teatro Fórum de Moura de uma história contada pelo senhor B.
Ficha Técnica: Versão e Encenação: Jorge Feliciano Actores: Andreia Egas, Nuno Góis, Luís Mouzinho, Jorge Feliciano e Fernando Monteiro Música Original: Luís Martins Cenografia e Direcção de Arte: Pedro Penilo Operação Técnica e Montagem: Fernando Monteiro Colaboração Artística: Cláudia Dias / Associação “Três Caracóis” Produção Executiva: Vítor Alegria
Contos de Não Dizer: A Carta de um Prisioneiro por Coisas do Corpo/Exequorum
Sinopse: Leitura de uma carta escrita por um prisioneiro do campo do Tarrafal, seguida de enquadramento histórico e promoção de conversa sobre o lugar do prisioneiro ideológico. Paralelamente, e de uma forma espontânea, surgiu também durante a estadia de Hugo Miguel Coelho em Cabo Verde a ideia de realizar junto de escolas do ensino secundário das ilhas de Santiago e de São Nicolau algumas sessões de contos, onde as histórias do universo desta prisão pudessem servir de ponto de partida para uma reflexão sobre o lugar das prisões ideológicas (materiais e imateriais), impulsionando depois, num registo informal, uma conversa sobre as problemáticas do esquecimento e dos perigos da repetição da história. Os “contos de não dizer: a carta de um prisioneiro” permitiram em Cabo Verde e poderão seguramente permitir, agora em Portugal, a criação de uma ponte com a nossa história recente, abrangendo uma faixa etária significativamente mais jovem e contribuindo para que o caso do Tarrafal (um dos símbolos portugueses da opressão e do ataque à liberdade individual e colectiva do Estado Novo Salazarista) sirva para que, preservando a nossa própria memória, melhor nos possamos enquadrar no contexto contemporâneo.
FICHA TÉCNICA: Hugo Miguel Coelho
RESTOS por Grupo de formandos do curso profissionalizante de Formação de Actores do Espaço EVOÉ: (Dia 19 de Dezembro pelas 16h na Sala da Salúquia)
FICHA TÉCNICA: Encenação: Pablo Fernando Interpretação: Luís Magalhães e Marta Celorico Texto: Os Marginais e a Revolução – Restos, de Bernardo Santareno Produção: Espaço Evoé - O corpo das artes/ Maria e João Espectáculo realizado no âmbito da conclusão do curso profissionalizante de Formação de Actores do Espaço Evoé
SINOPSE: “Calados quanto ao entrevisto por cada um, discordando quanto à hora do jantar, um servindo de sacrifício ao outro, amor é sacrifício.” Clarice Lispector É a microscopia tornada macroscópica, dos constantes movimentos das nossas relações, que nos permitem seguir, seguir sempre em frente no movimento de cair e levantar, levantar e cair, sem tempo de olhar para traz, sem capacidade de perguntar o que resta…
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