sexta-feira, 11 de junho de 2010

Em defesa das Escolas Básicas do 1º Ciclo da Margem Esquerda do Guadiana

O Ensino é um direito consagrado na Constituição da República Portuguesa, onde se expressa a sua igualdade de acesso, a sua universalidade, o seu carácter gratuito e obrigatório, entre outras especificidades.

As Escolas Básicas do Primeiro Ciclo e os Jardins-de-Infância são o contacto mais directo que uma freguesia rural tem, ou pode ter, com o Ensino. A maioria destas freguesias ficaram despovoadas, onde o desemprego levou, a maioria dos seus adultos e da sua juventude, a procurar melhores condições de vida nas sedes de concelho, no litoral ou no estrangeiro.

Agora são as crianças, que a partir dos 6 anos de idade, embora temporariamente, são levadas para outros locais, para espaços enormes e descaracterizados, sem o contacto com uma rede de afectos, onde basicamente são apenas mais um...

O Ensino deve realizar-se num ambiente físico e intelectual que promova o desenvolvimento da criança, com condições que devem ser asseguradas pelo poder central e pelo poder local. O encerramento dos espaços de ensino não pode associar-se a decisões de natureza económica, por um Estado que não acautelou o efeito financeiro que as suas decisões iriam ter a médio prazo, por um Estado que pretende, agora, que as freguesias rurais paguem, através das suas crianças, os seus erros.

Pelo exposto, somos contra decisões que promovam a morte lenta das freguesias rurais, contra reduções de deficits em que o pagador não é aquele que cometeu os erros de planeamento, contra decisões que despovoem, ainda mais, o interior do país.

Introdução ao grupo  “Em defesa das Escolas Básicas do 1º Ciclo da Margem Esquerda do Guadiana” no Facebook

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