A noite de 27 de Setembro, foi a noite de vitórias de todos os partidos políticos, com assento parlamentar.
Excepção feita ao PSD, partido do qual a sua líder admitiu a derrota, bem como a responsabilidade da mesma.
Vitória do PS de Sócrates porque venceu as eleições, ainda que com maioria relativa.
Os partidos da oposição reclamam vitória, não apenas pelo aumento de votos e deputados conquistados.
Mas porque lutaram para que o PS, não conseguisse nova maioria absoluta.
Pelo que se viu ao longo da campanha e pelas várias sondagens efectuadas, nunca esteve presente a hipótese de renovação dessa maioria.
Logo é um falso argumento de vitória, o PS não ter maioria absoluta.
Todos os portugueses sabiam que o PS, não atingiria essa meta e nunca essa maioria foi pedida ao eleitorado.
Todos sabiam que provavelmente o PS de Sócrates, iria vencer estas eleições por duas simples razões.
1º O nosso país precisava e precisa de reformas profundas.
O PS balanceado pela maioria que o povo lhe deu em 2005, pôs em execução as tão desejadas reformas.
Nós queremos mudanças nos serviços, principalmente do estado. Prova disso é, criticar-mos tudo o que não nos parece bem.
Quando se fazem reformas, alguém sai beliscado em função das mesmas. E claro aparecem os oportunistas, que tudo fazem para descredibilizar tais acções.
Mas nos dias de hoje, todo o trabalhador deve ver a sua competência, a sua entrega reconhecida pelos superiores. A antiguidade não pode, nem deve ser um posto. O que deve prevalecer, é a competência. E foi contra esses factores, que as várias corporações afectadas lutaram contra este governo.
Querem que se mantenha a antiguidade, ao invés da competência e da dedicação.
Não vou dizer que este governo fez tudo bem. Porque acho que isso será impossível de afirmar. Pelo menos num país democrático como o nosso, onde graças a deus é permitido discordar.
Faltou a este governo intensificar a fiscalização, àqueles que fazem do rendimento mínimo o modo de vida.
Aqueles que recebendo o subsídio de desemprego, são convocados para novos empregos e recusam sistematicamente. Isto foi de certa maneira, pelo que Paulo Portas e muito bem se debateu.
Também concordo com um imposto sobre as grandes fortunas, e com a extinção dos offshores. Todos os contribuintes devem contribuir para os cofres do estado, e quem mais têm, mais deve contribuir. Isto seguindo a linha de Francisco Louçã.
2º Não houve um esclarecimento de ideias, por parte dos partidos da oposição. De modo a que se pudessem analisar as várias propostas.
Preferiram trazer para a campanha, escutas ao Presidente da República; censura por parte do governo aos órgãos de comunicação social; o caso Freeport.
É certo que são assuntos graves, que precisam ser debatidos e esclarecidos. Mas não é em campanha eleitoral que devem ser tratados.
Na campanha eleitoral discutem-se as propostas para o país, foi isso que o PS, CDS/PP e BE fizeram e os resultados estão á vista.
Voltando ao resultando das eleições, o PS conquistou um bom resultado. Resultado que lhe permite efectuar acordos com todos os partidos, conforme os temas em debate.
Passado este acto eleitoral, foi hoje dia de eleições autárquicas.
Analisados os resultados disponíveis, ficamos perante mais uma estrondosa vitória do PS.
Os candidatos do PS conseguiram, uma excelente recuperação de mandatos camarários em relação ás últimas autárquicas.
É justo e natural que outros partidos possam reclamar vitória, o que bastante normal.
Outro factor positivo parece ter sido, a redução da abstenção nestas eleições em relação a 2005.
Fazendo ainda referência ao Distrito de Beja, também aqui se manifesta uma estrondosa vitória do PS.
Além de não perder nenhuma das Câmaras que possuía, conseguiu sobretudo a conquista de duas das principais autarquias geridas pela CDU.
Refiro-me a Aljustrel e Beja onde Nelson Brito e Pulido Valente, derrotaram respectivamente Manuel Camacho e Francisco Santos.
Estas autarquias sempre foram pertença do PCP/CDU.
Estes resultados do distrito de Beja e do Alentejo em geral, são a face do modelo gasto da política comunista.
Resultados que o secretário-geral do partido, teima em manter no rótulo de vitória.
Se perder sete autarquias e conquistar outras três é motivo de vitória?
Então não houve derrotados, nestas eleições autárquicas.
Só me resta dizer: Viva a democracia.
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Adenda: Foi feito um pedido de não identificação pública por parte do autor e dado que o texto não apresenta nenhuma ofensa a pessoas ou a entidades, optamos por o publicar... Mas ao mesmo tempo deixamos espaço para o princípio do contraditório…