sábado, 24 de janeiro de 2009

Homenagem póstuma ao Sr. Joaquim da Silva Fachadas

Vitalina Fachadas, filha de Joaquim Fachadas gostaria que os versos sobre o seu pai fossem vistos pelos seus conterrâneos. Os versos foram feitos por amigo do meu pai João Baião. Obrigado



“ Dedicadas”
- A Joaquim da Silva Fachadas –
(Vulgo: Joaquim Feijão)

Mote
“Joaquim da Silva Fachadas”
ao fim da “etapa” chegou,
das suas “Flores” bem-amadas
para sempre se separou.

Glosas

Em Santo Amador nasceu.
Foi criança, foi á escola,
como tantos outros foi mariola
lá se fez Homem e cresceu,
a dureza do “ campo” conheceu
e a frialdade das geadas,
debaixo de muitas chuvadas
o amargor do fel da vida sentiu,
com 69 anos de idade partiu
“ Joaquim da Silva Fachadas”.

Cumpriu o serviço militar,
andou por terras Angolanas,
ao voltar, novamente, às Alentejanas
logo pensou em se casar,
para o “Laranjeiro “ veio morar.
Nas fileiras da “ Lisnave” ingressou,
como aprendiz, à mecânica se dedicou
chegando à categoria d’ encarregado,
de “Joaquim Feijão” apodado
ao fim da “etapa” chegou.

Feliz com a sua esposa amada
a primeira filha nasceu,
a seguir outra lhe sucedeu
para – infelicidade – mal germinada,
foi na família uma “machadada”
mas o “camarada e amigo Fachadas”,
como Homem, de mangas arregaçadas,
a vida com estoicismo enfrentou,
e com muito amor sempre tratou
das suas “Flores” bem-amadas.

Mais conhecido entre a rapaziada
por “ Mestre Joaquim Feijão”
depois de operado ao coração
foi a sua esposa operada,
agora, a morte de uma cunhada
e da sua mãe querida, que também se finou,
o seu pobre coração não aguentou
e a 22 de Novembro o amigo Joaquim,
das “Flores” do seu jardim
para sempre se “separou”.

Novembro 2008 J.B.

3 comentários:

Francisco Coelho disse...

È com muita magoa que leio esta noticia triste , sendo quase vizinho e foram muitas as vezes que o encontrei e cumprimentei ali no Laranjeiro , uma pessoa de uma cordealidade e simpatia a todos os niveis , quero deixar aqui expresso os meus sentidos pesames e votos de muita coragem a toda a sua familia.
Francisco Coelho

Anónimo disse...

Tininha, também eu perdi o meu pai.
Vivenciar a morte, é extremamente penoso. Sobretudo quando ela é de alguém que nos é muito querido.
Infelizmente a morte, que não queremos aceitar,é parte integrante da vida.
A dor da perda, essa, dilacera-nos por dentro.
A saudade, extremamente dolorosa no ínicio minha querida,vai esbater-se com o passar dos anos.
Sei, por experiência própria que, de todos os sentimentos que vivencias neste momento, só um deles perdurará com a mesma intensidade.Felizmente esse sentimento é o AMOR.

Um beijo para ti e para a tua familia.
Helena Batista Romana

crystal-lover disse...

Desde que li este "post" que tenho um nó na garganta; muitas vezes já comecei um comentário, para logo a seguir não o acabar.
Era casado com uma tia minha, irmã do meu pai ... não ... era meu TIO.
O meu sangue é daltónico neste caso, e nunca conseguiu distinguir o parentesco directo ou por afinidade. Ainda hoje. Talvez seja por isso que o maldito nó não me sai da garganta e que este comentário não faça muito sentido para quem o leia, mas é isso: era o MEU TIO FEIJÃO ...