quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Santo(s) Padroeiro(s) da freguesia


Tudo começou quando se mandou a construir um novo Santo Amador, mas chegou um Santo Evaristo. Nos primeiros tempos até foi Santo Amador, até que um entendido levantou a polémica e afirmou que afinal aquele santo, não era um Santo Amador, mas sim um Santo Evaristo.

Numa Igreja Paroquial com dois santos que lutam pelo hegemonia de Santo Padroeiro da freguesia, afinal quem é o nosso padroeiro?

Os mais novos, embora com a normal indiferença pelos ensinamentos cristãos, utilizam o Santo Evaristo nos habituais cartazes que anunciam a festa de Verão, podendo-se julgar que é o santo preferido deste grupo etário.

Os mais velhos entram na sacristia para ver o Santo Amador. A fraca sabedoria popular no restauro das imagens criou uma imagem com uma aparência andrógina.
É neste local que se faz uma ligação directa com o divino e surgem as comuns frases: “É a ti que eu rezo...” e “É a ti que eu faço as minhas promessas...”.
Ao sair da sacristia, olham para o Santo Evaristo e fazem o sinal da cruz, dando-lhe alguma importância. Não será para que o santo não fique com ciúmes do seu congénere?

Sem querer criticar o desleixo dos proprietários dos bens da Igreja Paroquial (Santa Sé), as imagens que estão guardadas na sacristia, sem esquecer as três imagens que estão no altar da direita (Jesus na Cruz, Jesus morto nos braços da Virgem Maria e Jesus no Santo Sepulcro) apresentam um elevado estado de degradação, sendo imperioso o seu envio para oficinas de restauro para ser recuperadas.

Também não vos sugiro que pensem na Junta de Freguesia ou na Câmara Municipal para sacar dinheiro. Vivemos num Estado laico e se andamos a ajudar algumas confissões religiosas, temos de ajudar todas.

Deixo-vos uma sugestão, façam um peditório…

Para terminar, uma simples análise, a vida tornou-me agnóstico mas sinto que tudo o que está dentro da nossa igreja pertence-me, já que, além de ser património religioso, é património de todos os Santoamadorenses.

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