Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
3 comentários:
Adorei o poema da Florbela Espanca, pois sou uma fã incondicional desta poetisa. Obrigada por se ter lembrado de o publicar.Sou visitante diaria deste blog, nunca participei, mas hoje não resisti a fazer este breve comentário.
Aqui aconteceu-me a mesma coisa. Dei-xe, portanto, só um. Muito obrigada
Mariana Gato
Este poema foi adaptado, para um fado intrepertado por maria teresa de noronha, já há alguns anos (talvez antes de eu nascer). Muitos poemas escritos por poetas cá do burgo, têm sido imortalizados em versões musicais. Uma maneira de dar a conhecer e manter vivos os nossos poetas, bem como a nossa literatura. Os nossos musicos e compositores da actualidade, deviam continuar a dar voz a esta gente, á nossa gente.
Filipe Fachadas
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